2023: um checklist para iniciar o ano com uma boa gestão financeira

Para estar na frente, não basta ter profissionais qualificados e recursos próprios para investir. É necessário que haja um olhar para a estratégia do negócio e, principalmente, uma sinergia entre os processos. E tudo isso, se inicia com análises e um bom planejamento.

Curiosamente, essa não é uma prática muito comum no Brasil. De acordo com uma pesquisa da consultoria Falconi, somente 10% das instituições de médio porte, com faturamento de R$ 4,8 milhões a R$ 300 milhões, adotam o planejamento a longo prazo.

Pode parecer que não, mas todo o planejamento e preparação para o ano seguinte, faz a diferença na hora de realizar as escolhas certas e ter as chances de potencializar os lucros e as oportunidades no decorrer do ano comercial.

Pensando nisso, separamos esse conteúdo exclusivo para você se diferenciar da concorrência. Descubra um checklist para o planejamento da sua gestão financeira do ano que vem e trilhe os caminhos para bater suas metas e multiplicar a sua lucratividade.

Neste artigo, você deve manter a atenção nos tópicos:

  • O que é uma gestão financeira;
  • Checklist para a gestão financeira;
  • 10 iniciativas para o gerenciamento dos recursos financeiros

Para iniciar: o que é uma gestão financeira?

A gestão financeira é uma atividade essencial que envolve a administração orçamentária e uma análise consistente das receitas e das despesas. Em virtude disso, ela possui o papel fundamental em uma organização para atingir o crescimento sustentável e manter as condições de superar os momentos de instabilidade econômica.

Dessa maneira, o olhar atento para as situações internas e externas podem impactar a capacidade de uma empresa investir na melhoria contínua dos serviços. Esse fator, mostra como a gestão financeira deve ser levada em consideração em cada etapa dos projetos e inclusive no planejamento para 2023.

Cada vez mais, as lideranças estruturam os serviços, contratações e as melhorias de acordo com a realidade orçamentária. Caso isso não seja feito, as chances de inadimplência e endividamento são maiores, trazendo riscos, gargalos e dores de cabeça para as empresas.

Dessa forma, a administração financeira tem uma grande relevância no mundo corporativo e o papel de eliminar eventuais problemas ou a lucidez para lidar com ações envolvendo as finanças.

2023: checklist para uma boa gestão financeira

Não há dúvidas de que a elaboração de um orçamento precisa ser feita com:

  • Responsabilidade;
  • Bom senso;
  • Foco nos resultados.

Um dos motivos é manter a capacidade de uma organização estar em dia com as novas contratações, os colaboradores, fornecedores, soluções e serviços atuais e, principalmente, o plano estratégico e as possibilidades extras.

Para a sua empresa estar mais conectada com as boas práticas do mercado, chegamos na parte mais importante deste artigo.

Continue e acompanhe 10 iniciativas essenciais para aprimorar o gerenciamento dos recursos financeiros. Confira!

1. Panorama e fechamento do ano atual

Uma reflexão importante:  adotar uma postura mais conservadora ou investir para expandir os serviços e aumentar a quantidade de clientes em várias regiões?

Uma boa maneira de encontrar a resposta e os caminhos para as dúvidas que surgirão na hora do seu planejamento para 2023 é realizando a análise da saúde financeira da sua organização.

Inicie por essas etapas analíticas e mantenha uma avaliação precisa com todo o seu time sobre o comportamento do consumidor e do cenário econômico atual.

Executar esses dois procedimentos é muito relevante para evitar erros que prejudiquem a capacidade de uma empresa responder às demandas dos clientes.

2. Controle diário do fluxo de caixa

Nenhum detalhe pode passar despercebido quando o assunto envolve a gestão financeira. Ao monitorar corretamente a entrada e a saída de dinheiro, uma organização reconhece com mais facilidade quais são os serviços que geram mais receita e, ao mesmo tempo, identifica as situações que provocam gastos e que podem ser reduzidas em curto prazo.

3. Uso da tecnologia e ajuda das ferramentas

A velocidade das transações comerciais está, cada vez mais, intensa. Isso exige o uso de soluções que permitam o fornecimento de dados sobre as receitas e as despesas em tempo real.

Para uma tomada de decisão adequada, as companhias necessitam de dados corretos e atualizados. Assim, torna-se mais simples entender o cenário atual, evitar erros e ter mais segurança ao elaborar o planejamento para 2023.

4. Contas a receber

Um dos pilares da gestão financeira é acompanhar com exatidão o volume de recursos que vão entrar no caixa em um determinado período (dia, semana, quinzena).

O controle das contas a receber tem um peso muito importante na análise dos pagamentos e das estimativas de investimentos a serem realizados futuramente.

Executar esses dois procedimentos é muito relevante para evitar erros que prejudiquem a capacidade de uma empresa responder às demandas dos clientes de maneira eficiente e ágil.

5. Contas a pagar

A administração das finanças tem como uma das maiores prioridades evitar que as organizações convivam com a inadimplência e o endividamento, fatores que prejudicam a saúde financeira e a credibilidade.

À medida que há um planejamento responsável das contas a serem quitadas, menores são os riscos de atrasos nos pagamentos e de gastos desnecessários com multas relativas a juros.

Não é à toa que as boas práticas de gerenciamento de finanças estão, cada vez mais, em evidência na conjuntura atual.

6. Controle bancário

Uma recomendação importante é verificar quais taxas estão sendo cobradas pelas instituições financeiras.

Essa iniciativa contribui para uma negociação mais estratégica com os bancos, o que viabiliza reduzir despesas e identificar as aplicações mais adequadas para as finanças terem uma maior rentabilidade.

7. Controle de estoques

Minimizar o desperdício deixou de ser uma questão de modismo e se transformou em uma prática fundamental para atingir um desempenho notável. Em razão disso, as empresas têm adotado um maior rigor com o controle de estoques.

Afinal, essa iniciativa ajuda a elaborar um planejamento para 2023 que avalie com maestria o volume de recursos a serem gastos com insumos e outros itens primordiais para aperfeiçoar a qualidade dos serviços.

8. Planejamento orçamentário das despesas

O investimento em capacitações, novos equipamentos e na contratação de novos profissionais depende de uma avaliação racional do orçamento.

Esse aspecto justifica a necessidade de haver um detalhamento dos gastos, com base na realidade atual da empresa e de como o mercado e os consumidores vão se comportar nos próximos meses.

Ao elaborar o planejamento para 2023, deve-se ter bastante cuidado ao estimar as despesas e a capacidade de honrar compromissos já assumidos. Do contrário, pode haver um desequilíbrio nas finanças que pode levar o negócio à falência.

9. Acompanhamento dos indicadores

Cada vez mais é evidente que as organizações precisam de informações consolidadas e atualizadas para tomar decisões.

Isso tem contribuído para haver um maior direcionamento na avaliação de indicadores de desempenho.

A partir de uma estimativa de vendas e de receitas mais próxima da realidade, torna-se menos complexo executar uma gestão financeira que permita estar mais conectada com os clientes.

10. Planos estratégicos e de ação

Uma coleta de dados eficiente sobre o momento empresarial e o uso de ferramentas que facilitam a interpretação das informações obtidas, são recursos necessários para a montagem de planos estratégicos e a definição de ações que viabilizem o aprimoramento da gestão financeira.

É crucial que a execução do orçamento esteja alinhada com os objetivos institucionais. Do contrário, a empresa terá muitas dificuldades de atingir metas e de conseguir um crescimento sustentável.

Quanto mais cedo houver um alinhamento entre a gestão financeira e o planejamento estratégico, maiores são as chances de os colaboradores e os demais segmentos do público-alvo serem impactados positivamente com os serviços executados.

Esse aspecto, sem dúvida, justifica uma atenção especial com o planejamento para 2023. Além disso, não se esqueça de planejar pensando a longo prazo e acompanhando as principais tendências e novidades da tecnologia da informação.

FONTE: YTECNOLOGIA

Dicas de como fazer um Planejamento Estratégico para minha empresa

Mais um ano se inicia e é o momento ideal para que as empresas se preparem para o novo ciclo que se inicia. Essa preparação é chamada de planejamento.

Planejar é decidir antecipadamente, é estabelecer uma conduta entre objetivos e recursos disponíveis e as mudanças e oportunidades do mercado. É o planejamento estratégico que pode nortear a Organização, impulsionando-a na melhor direção para obtenção de sucesso, considerando possibilidades de cenários e inovações.

Ter um bom planejamento estratégico é importante para todos os negócios, no entanto é um processo não totalmente entendido pelos executivos. Estudos apontam que práticas de contabilidade gerencial e planejamento têm maior aderência entre teoria e prática em empresas de maior porte. Porém, o pequeno e médio empresário também precisa desta ferramenta de gestão. O planejamento estratégico é uma necessidade para qualquer empresa.

Mas por onde começar? Confira algumas etapas que podem te auxiliar neste momento.

  1. Fazer um diagnóstico da situação da empresa

Identificar forças e fraquezas da empresa (relacionadas ao ambiente interno empresarial), e também as oportunidades ameaças (relacionadas ao ambiente externo de negócios). Uma boa ferramenta para direcionar esse diagnóstico é a “Matriz SWOT”, técnica que pode ajudar a descobrir todas as informações estratégicas e relevantes do seu negócio.

  1. Fortalecer a identidade organizacional

Caso a empresa ainda não tenha definido oficialmente sua identidade institucional, esse é o momento. Todo negócio precisa ter bem claro qual é sua missão (razão de exigir), qual é sua visão (objetivos) e quais valores (princípios) norteiam sua cultura organizacional.

Ter uma identidade organizacional bem definida é essencial para que a empresa seja reconhecida e para que todas as suas ações sejam direcionadas dentro de um mesmo plano estratégico.

  1. Definir um plano de ação, com metas e indicadores de sucesso

 O plano de ação é a organização de tudo o que será executado, embasando-se numa metodologia, cronograma de ação e indicação dos responsáveis por cada uma delas. Podem ser estruturadas diversas ações, como por exemplo: de vendas, de custos, de marketing, de recursos humanos, para expansão, para investimento, etc. Uma boa técnica que pode auxiliar a estruturação de cada plano de ação é a ferramenta “5W2H”, que resulta da união entre 5W (what – why – who – where – when) e 2H (how – how much). Para a ação planejada, devem ser esquematizadas as seguintes respostas:

  • What: o que deve ser feito?
  • Why: por que precisa ser realizado?
  • Who: quem deve fazer?
  • Where: onde será implementado?
  • When: quando deverá ser feito?
  • How: como será conduzido?
  • How much: quanto custará esse projeto?

Uma vez traçado um plano de ação, é necessário definir metas e indicadores de desempenho. Os indicadores servirão para medir a diferença entre a meta e a situação atual do empreendimento.

  1. Acompanhar a execução do planejamento

Uma vez planejadas, as ações precisam ser acompanhadas periodicamente. É preciso garantir que todo planejamento estratégico seja honrado, por meio da mensuração dos resultados obtidos para cada meta. Caso necessário, podem ser feitas mudanças ou adaptações aos planos, por exemplo, alteração de prazos ou responsáveis, etc.

Em 2020-2021, por causa da pandemia, muitas empresas fecharam as portas. Por outro lado, segundo levantamento do Sebrae, houve aumento de abertura de empresas no primeiro semestre de 2021, apresentando 2,1 milhões de pequenos negócios nesse período. A retomada econômica após a crise enfrentada durante a pandemia da Covid-19 evidenciou novas tendências, valorizou o empreendedorismo e novas formas de consumo.

Alguns empresários ficaram vários meses sem faturar, outros cresceram durante a crise. Agora, vai ser preciso aproveitar as novas demandas, pagar as dívidas que foram acumuladas e seguir em frente. Nesse contexto, faz-se primordial planejar – planejar dentro de um novo cenário que foi modificado pela pandemia, planejar entendendo os problemas pendentes a resolver e as novas oportunidades.

“Para quem não sabe onde vai, qualquer caminho serve”, disse o autor Lewis Carroll em uma de suas obras. Sem planejamento e organização, ficamos reféns do acaso. Sem objetivos, metas e planos, o maior obstáculo para a evolução da empresa, é o próprio empreendedor. Uma jornada de sucesso empresarial deve ser previamente mapeada para acontecer.

Um novo ano se inicia, e com ele, muitas possibilidades. Aumento de produtividade, melhorias de serviços/produtos, otimização de tempo e recursos, geração de maior competitividade, maior fidelização de clientes, inovação de processos/produtos/serviços, possibilidades de lidar com imprevistos e manutenção das atividades da empresa: tudo isso é possível em 2022. Comece o ano de forma mais organizada e orientada, com um bom planejamento estratégico, e tenha mais segurança para trilhar o caminho que você consistente escolheu.

 

*Por Claudia Rissatti Cleto

Bacharela em Ciências Contábeis pela USP/Universidade de São Paulo

Pós graduação em Finanças Corporativas, Controladoria e Economia pela FGV/Fundação Getúlio Vargas